Rua Tabatinguera, 104
Juan Alonso de Rivas passeava a sua juventude pobre pela aldeia de Andújar, na Andaluzia, no antigo ano de 1227.
Por ali existia uma sucessão de pequenos aglomerados populacionais que vicejavam à sombra da Sierra Morena.
E na Sierra Morena um altivo pico se elevava sobre a simpática aldeia de Andújar.
Os aldeões o chamavam de Pico da Cabeça.
Então os jovens da aldeia foram para a guerra.
Combater contra os mouros.
Juan Alonso participou dos combates e caiu prisioneiro.
Tentou e conseguiu fugir.
Porém perdeu o braço na agitação que antecedeu a fuga.
Voltou para Andújar, onde conseguiu trabalho como pastor de cabras.
Levava os animais para pastos situados nas encostas do Pico da Cabeça.
Nas langorosas tardes da Andaluzia enquanto sonolento ele tentava vigiar os animais, julgava ouvir uma sineta que o atraia para o alto da encosta.
Finalmente na noite de 12 de agosto a sineta tocou novamente.
Juan Alonso olhou para o alto e viu uma fonte brilhante de luz, provinda de algum lugar próximo ao Pico da Cabeça.
Caminhou em direção à luz e encontrou uma gruta misteriosamente iluminada.
Sobre os rochedos estava bela imagem de Nossa Senhora.
Uma voz feminina suave e bela pediu que ele se deslocasse para a aldeia de Andújar e conclamasse os habitantes a construir um santuário.
Diante da argumentação de que não seria escutado, Nossa Senhora recriou o braço perdido de Juan Alonso.
- Mostre os dois braços e todos o ouvirão - recomendou Nossa Senhora.
Assim foi feito e assim aconteceu.
Hoje em dia o peregrino pode subir as três milhas de encostas que separam a aldeia do santuário e chegará à magnífica construção, toda ela feita em louvor à Nossa Senhora da Cabeça.
Que é padroeira da hoje cidade de Andújar.
E ali está a imagem da Nossa Senhora da Cabeça na rua Tabatinguera, número 104, na Capela do Menino Jesus e Santa Luzia,
Talvez desconhecendo a origem da Santa, o escultor colocou uma cabeça decepada na mão da imagem, que a segura piedosamente.
A existência de alguns ex-votos de cera representando cabeças nos fala sobre a natureza dos milagres que ocorrem por ali.
Todas as enfermidades que atacam a cabeça, incluindo as internas, como perda de memória, loucuras, diversas formas de deficiência, e assim por diante, são objetos dos pedidos a Nossa Senhora da Cabeça.
Como a devoção àquela Santa tão particular à Andújar chegou, ainda que modificada, ao Brasil, será objeto de investigação, isso eu prometo. Embora eu saiba que existem fatos nos quais é prudente não mexer.
Voltarei ao assunto.
Juan Alonso de Rivas passeava a sua juventude pobre pela aldeia de Andújar, na Andaluzia, no antigo ano de 1227.
Por ali existia uma sucessão de pequenos aglomerados populacionais que vicejavam à sombra da Sierra Morena.
E na Sierra Morena um altivo pico se elevava sobre a simpática aldeia de Andújar.
Os aldeões o chamavam de Pico da Cabeça.
Então os jovens da aldeia foram para a guerra.
Combater contra os mouros.
Juan Alonso participou dos combates e caiu prisioneiro.
Tentou e conseguiu fugir.
Porém perdeu o braço na agitação que antecedeu a fuga.
Voltou para Andújar, onde conseguiu trabalho como pastor de cabras.
Levava os animais para pastos situados nas encostas do Pico da Cabeça.
Nas langorosas tardes da Andaluzia enquanto sonolento ele tentava vigiar os animais, julgava ouvir uma sineta que o atraia para o alto da encosta.
Finalmente na noite de 12 de agosto a sineta tocou novamente.
Juan Alonso olhou para o alto e viu uma fonte brilhante de luz, provinda de algum lugar próximo ao Pico da Cabeça.
Caminhou em direção à luz e encontrou uma gruta misteriosamente iluminada.
Sobre os rochedos estava bela imagem de Nossa Senhora.
Uma voz feminina suave e bela pediu que ele se deslocasse para a aldeia de Andújar e conclamasse os habitantes a construir um santuário.
Diante da argumentação de que não seria escutado, Nossa Senhora recriou o braço perdido de Juan Alonso.
- Mostre os dois braços e todos o ouvirão - recomendou Nossa Senhora.
Assim foi feito e assim aconteceu.
Hoje em dia o peregrino pode subir as três milhas de encostas que separam a aldeia do santuário e chegará à magnífica construção, toda ela feita em louvor à Nossa Senhora da Cabeça.
Que é padroeira da hoje cidade de Andújar.
E ali está a imagem da Nossa Senhora da Cabeça na rua Tabatinguera, número 104, na Capela do Menino Jesus e Santa Luzia,
Talvez desconhecendo a origem da Santa, o escultor colocou uma cabeça decepada na mão da imagem, que a segura piedosamente.
A existência de alguns ex-votos de cera representando cabeças nos fala sobre a natureza dos milagres que ocorrem por ali.
Todas as enfermidades que atacam a cabeça, incluindo as internas, como perda de memória, loucuras, diversas formas de deficiência, e assim por diante, são objetos dos pedidos a Nossa Senhora da Cabeça.
Como a devoção àquela Santa tão particular à Andújar chegou, ainda que modificada, ao Brasil, será objeto de investigação, isso eu prometo. Embora eu saiba que existem fatos nos quais é prudente não mexer.
Voltarei ao assunto.
Larry Coutinho (foto e texto)
GOSTARIA DE COMPRAR ALGUNS AZULEJOS REPRESENTANDO NOSSA SENHORA DA CABEÇA
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