sábado, 3 de julho de 2010

Igreja da Santa Cruz dos Enforcados - Crônicas da Cidade Plural
































Igreja da Santa Cruz dos Enforcados
Praça da Liberdade, 238



Francisco José de Chagas nascido e criado na rua das Flores atual Silveira Martins recebeu o apelido de “Chaguinha”.
Entrou para o exército e participou de um protesto pelo recebimento dos salários atrasados. Foi considerado culpado, e condenado à morte por enforcamento.
Em 20 de setembro de 1821, na forca erguida no atual largo da Liberdade, foi supliciado o “Chaguinha”.
Antes, enforcaram o soldado Contindiba.
Em seguida, o “Chaguinha”.

Chegada a vez do “Chaguinha”, as cordas arrebentaram duas vezes. O povo, penalizado com o infortunio do desventurado, clamou por “Liberdade!” Expressão que deu nome ao bairro. Entretanto as autoridades providenciaram corda mais resistente que arrebentou pela terceira vez. Providenciaram um laço de boiadeiro, de couro. E o “Chaguinha” foi enforcado definitivamente, na quarta tentativa.

O rapaz era muito querido pela população.
Nos meses seguintes ergueram uma cruz e acenderam velas no largo.
Em 1887 edificou-se uma Capela.
A primeira missa foi rezada em 1 de maio de 1891.
Na nova Igreja da Santa Cruz dos Enforcados.
Que está lá, com cinco cruzes no altar e dois salões próprios para receber as velas acesas pelos fiéis.
Um deles subterrâneo.
Negra, no centro do altar, a cruz maior veio do Cemitério dos Aflitos, que existiu no lugar.
As festas comemorativas fixaram-se em 3 de maio, a pedido da Irmandade.
Com direito a procissão.
A Igreja foi reformada nos anos vinte. No ano 2000 houve incêndio provocado por uma devota, que ali depositou enorme quantidade de velas.
A Igreja é também chamada de “Igreja das Almas”.

Larry Coutinho( foto e texto)

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